Data initiative seeks to improve early childhood development in Brazil

12/03/20

An index that evaluates the performance of municipalities for early childhood development was developed through a partnership between researchers from Yale and Brazilian universities. Yale School of Public Health associate researcher Gabriela Buccini explains the partnership project that monitors early childhood development indicators in Brazil. 

In this video, listen to Gabi explain the project in greater detail below or watch Gabriela Buccini’s video in Portuguese here.

 

Read more on the Yale School of Public Health website here. A version of this article that has been translated into Portuguese can be found below the photos.

 

Photos from the imapi event:


Here is the Portuguese translation of the Yale School of Public Health article:

 

Iniciativa de dados busca melhorar o desenvolvimento da primeira infância no Brasil

Índice que avalia o desempenho de municípios no desenvolvimento da primeira infância foi desenvolvido por meio de parceria entre pesquisadores de Yale e universidades brasileiras

Uma nova iniciativa, resultado do trabalho conjunto de pesquisadores da Yale University, nos Estados Unidos, da Universidade de Brasília (UnB), e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Brasil, criou um indicador único que mapeia e permite uma comparação das condições oferecidas por cada município do país para o desenvolvimento das crianças de 0 a 6 anos. Divulgado em junho de 2020, o Índice de Municípios Amigos da Primeira Infância (IMAPI) fornece um ranking detalhado do desempenho dos 5.570 municípios brasileiros, de acordo com o Plano de Cuidados de Criação, recomendado pela UNICEF, Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Banco Mundial.

A classificação levou em consideração 31 indicadores de desempenho, divididos em cinco domínios do Plano de Cuidados de Criação: boa saúde, nutrição adequada, cuidado responsivo, aprendizagem precoce, segurança, e proteção. Os lugares avaliados receberam notas de 0 (pior desempenho) a 100 (melhor desempenho) com base na análise de indicadores identificados em bases de dados brasileiros relacionados à oferta de políticas públicas, ações, serviços e práticas nessas áreas. De acordo com suas pontuações, os municípios foram classificados em terços (alto, médio e baixo) quanto ao seu desempenho em proporcionar um ambiente favorável ao desenvolvimento integral na primeira infância.

“O IMAPI foi construído para oferecer, de forma simples, acessível e integrada, um índice capaz de revelar uma visão completa da situação da primeira infância no país, e ao mesmo tempo permitir a análise de dados detalhados de cada localidade”, explicou uma das criadoras do índice, Gabriela Buccini, Pesquisadora Cientista Associada da Escola de Saúde Pública de Yale (YSPH).

“O IMAPI permite que a gestão estadual aprimore as políticas públicas para a primeira infância e aumente sua assertividade, priorizando determinadas ações, otimizando a gestão do tempo, e focando na intersetorialidade. Por outro lado, a disponibilização de dados ao público permite que a sociedade acompanhe a alocação de esforço do poder público ”, acrescentou a pesquisadora. O lançamento do índice tem relevância ainda maior no contexto de 2020, ano das eleições municipais, porque permite que a população se engaje de forma mais efetiva na discussão do tema a partir dos dados.

Coronel Barros, no Rio Grande do Sul, é o melhor município com maior pontuação no ranking geral do IMAPI, com média de 74 pontos (de 100). Na outra ponta está Fernando Falcão, do Maranhão, que marcou apenas 22 pontos. Entre as capitais, Vitória, no Espírito Santo, está no topo da lista, com 60 pontos, e Macapá, no Amapá, é a última, com 38 pontos. A média do país é de 41 pontos.

Continuidade

De acordo com outro idealizador do projeto, o professor Muriel Gubert, coordenador do Núcleo de Estudos Epidemiológicos em Saúde e Nutrição (Nenust) da UnB, a intenção do grupo de pesquisa é atualizar o IMAPI anualmente e também fornecer a evolução histórica dos dados. “Temos uma estrutura que nos permite continuar alimentando nosso banco de dados com informações para possibilitar análises cada vez mais globais”, afirmou.

Para isso, a equipe está procurando patrocinadores adicionais. A primeira edição do IMAPI foi possível por meio de “Explorações do Grande Desafio: Abordagens da Ciência de Dados para Melhorar a Saúde Materna e Infantil no Brasil”, financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, pelo Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal.

Além de Buccini e Gubert, o IMAPI também teve como pesquisador principal o professor Marcos Ennes Barreto, da Universidade Federal da Bahia. O professor Rafael Pérez-Escamilla, do YSPH, foi assessor sênior do projeto.

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Para saber mais sobre o projeto, visite o site IMAPI em: https://www.imapi.org/

Para ler mais sobre os criadores do projeto e suas outras pesquisas, visite as páginas de perfil do corpo docente do YSPH em:

Rafael Pérez-Escamilla https://publichealth.yale.edu/profile/rafael_perez-escamilla/

Gabriela Buccini

https://publichealth.yale.edu/profile/gabriela_buccini/